Rah Rodrigues C=

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Taubaté/São Paulo, São Paulo, Brazil
Uma universitária, viciada em internet e apaixonada pela vida e por todas as situações que elas nos traz. Cheia de sonhos, verdades, histórias e pessoas. Posso ser alguém interessante se você souber apreciar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Decisões (in)voluntárias.

Metade da Turma - Anhembi Morumbi - Turismo
Saí de São Paulo meio sem saber o que aquela minha 'viagem' poderia me proporcionar realmente. Acho que no fundo eu estava com menos medo de ficar nostálgica do que de perceber que eu não fazia mais parte daquela 'história'. É sempre difícil terminar alguma coisa, mesmo que a escolha inicial tenha sido sua. Você toma a atitude de mudar, escolhe uma nova frente de decisões, mas é a vida quem se encarrega de efetivamente tirar você daquele passado próximo. E foi isso que aconteceu comigo e que eu só puder perceber ontem, quando entrei no ônibus para voltar pra São Paulo. Nesses quase 4 meses que sucederam a minha decisão de trancar a UFSCAR, a vida se encarregou de me tirar de cena, de mudar meus anseios, mudar minha rotina, minhas vontades e de tirar radicalmente a intensidade de sentimentos que poderiam me prender a Sorocaba. Não, não foi a coisa mais agradável do meu ano e eu, certamente, não estava me sentindo preparada para cruzar a porta e ver que eu poderia demorar anos pra voltar a me sentir daquele jeito. É estranho você ter que se acostumar a ser um estranho pra alguém, pra alguma situação ou para algumas lembranças. ( Eu acho que já senti isso outras vezes ) As coisas não aconteceram do jeito que eu esperava ( e que no fundo eu queria ) mas eu não posso me queixar de nada. Tudo faz parte das mudanças, das escolhas, do novo. Será que eu posso falar que fiquei triste? nem que por uns minutinhos? Acho que sim, mas nada que eu não tenha entendido antes mesmo de descer de novo da ilusão e ver que a vida nova não me parecia nada ruim. Acho que de tudo que aconteceu, coisas dispensáveis e coisas extremamente importantes e marcantes, a frase que mais marcou e que eu tenho certeza que foi falada com muita segurança, foi o fato de que existe uma explicação para que tudo em nossas vidas aconteça da maneira que acontece, se viemos ao mundo assim é porque temos que aprender assim, dessa maneira e com esses sentimentos bons e ruins. Vou parar de me perguntar porque as coisas acontecem mais comigo do que com os outros, ta? rs 


Percebi que eu preciso aprender a aceitar que as pessoas não são como eu espero ou quero que elas sejam, e preciso ainda aprender isso antes de achar que elas podem se tornar mais especiais do que elas realmente deveriam ser para mim. É mais difícil aceitar certas coisas de alguém que você gosta muito do que de alguém que você se limita a primeiro conhecer. ( dica da semana ) 


Percebi que se desligar do passado é fundamental para que o futuro não se sinta acanhado de entrar efusivamente na sua vida. É muito mais fácil conhecer o novo sem tecer comparações com o antigo ou com o que você sonha pro futuro. O presente tem que ser o foco das discussões. 


Percebi que as pessoas, no geral, se importam mais com elas do que com você ou com os impactos que elas podem causar aos outros, faz parte da vida deixar que o egoísmo faça parte das suas decisões. Mesmo que isso doa muito em alguém, ainda assim, precisa ser menor uma dor menor do que a dor que você sentiu.


Percebi que algumas pessoas veem ao mundo com o dom de serem mal interpretadas pelo resto da população, ou por apenas uma pessoa, que fatalmente será uma das mais especiais para ela. As vezes é melhor não querer se expor do que passar um tempo enorme tentando, falhando e se culpando. 


Percebi que os amores impossíveis, para um ou para ambos, são os mais intensos, sofridos, duradouros, ainda mais para pessoas que nascem com o corajoso instinto de fazer com que as coisas boas e fáceis tentem sempre superar as coisas ruins e complicadas. Um amor não pode ser sempre conquistado e vivido, as vezes ele foi feito só parar ficar guardado, esperando para ser esquecido ou para ser, efetivamente, compreendido, absorvido e alterado. 


Percebi que estar com os pés no chão é, fatídicamente, mais ilusório do que sair por ai voando sem rumo. Controlar os sentimentos é quase tão dificil quanto deixá-los acontecer ou desaparecer. E quando você se dá conta disso, seu discurso já se parece totalmente obsoleto para a interpretação daquela situação. 






... 
.....


Estou poética, 
mas depois de tudo isso, 
poetas para que né? rs 


Beeeeeeeeeeeijo