Rah Rodrigues C=

Minha foto
Taubaté/São Paulo, São Paulo, Brazil
Uma universitária, viciada em internet e apaixonada pela vida e por todas as situações que elas nos traz. Cheia de sonhos, verdades, histórias e pessoas. Posso ser alguém interessante se você souber apreciar.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O fim de ano.

Estou ouvindo a música oficial do meu final de ano, Get over it - Avril Lavigne. Foi MUITO o meu final de ano essa música, a letra, o fato dela ser velha e o fato dela me lembrar outras situações, que mesmo muito mais fáceis do que as que eu tive esse ano, dependeram única e exclusivamente de mim para acabar/mudar. Eu estou muito mais positiva em relação as minhas atitudes, é o que eu falei em um outro post nesse mês, estou contente com a situação e com a forma que eu estou conseguindo encará-la e passar por ela, mesmo que isso não me deixe inteiramente satisfeita com o modo como ela aconteceu e como ela se encaminha para acabar. Falo, ao mesmo tempo, da escolha da faculdade, do fim de Londres e da doença chata que eu peguei. Acho que as três coisas vieram, para me mostrar as mesmas coisas. (será que isso é possível e necessário?) Enfim, prefiro encarar isso como um aviso quase desesperado de Deus para que eu começasse a mudar minhas atitudes comigo mesma. No dia a dia da vida, a gente se esquece de colocar o nosso egoísmo para funcionar. Por diversas vezes nesse ano, eu me coloquei em quinto plano, eu pensei em tudo menos em mim. Menos em o que eu sentia, o que eu queria e o que meu corpo e minha alma precisavam para viver. Das menores coisas, como ficar noites sem dormir e dias sem comer, até esquecer de parar pra rezar antes de dormir ou de fechar seu íntimo para pessoas que não estavam preocupadas com minha reabilitação emocional. Você começa a perceber que não tomou as decisões e nem as atitudes certas quando você vê as mesmas situações acontecendo com outras pessoas e passando, tranqüilamente. Claro que todo mundo tem suas duas semanas de desespero, de achar que aquilo tudo não tem solução e de que pouco importa se você vai ficar mais triste ou mais feliz, o importante é pensar no futuro, nele, ou na festa que você precisa ir, mas em pouco tempo isso cai por terra e as pessoas conseguem logo perceber que nada daquilo adianta se dentro de você a felicidade não encontrar um espaço de paz para habitar. Foi o que faltou, paz, tranqüilidade, certeza, fé. Como disseram meus pais, o mais importante disso tudo é agradecer, agradecer pela graça de eu ter percebido isso a tempo de mudar, de renovar, de crescer. Crescer dói. dói. dói e dói. Acrescentaria aqui mais de mil sentimentos que crescer causa. Crescer deveria vir com um rótulo escrito: Cuidado, crescer pode causar danos a saúde! hahaha, aprendi rápido isso!  
Mas enfim, eu estou bem, saudavel e muito mais certa do que eu realmente quero para mim, perto de mim e comigo. rs 
Não foi fácil, mas acho que esse ano vai ser um daqueles que eu vou me recordar com um sorriso no rosto quando eu tiver meus 30 anos. E pra finalizar, fiz uma promessa pro ano que vem. Em todos os momentos, vou parar e me lembrar de quem realmente esteve comigo em um dos anos que eu mais precisei de pessoas sinceras e preocupadas com o MEU bem estar. 


É isso, 
Excelentes festas para todos. 
Um feliz Natal, cheio de luz, paz e felicidade, 
e um ano novo ainda melhor do que o velho. 


Beeeeijoss!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Elas

Amigo Secreto Havaianas

Meu Deus, como essas meninas são TUDO na minha vida. Acho que sem Deus, sem meus pais e sem elas eu não seria nada. Passei épocas da minha vida em que achei que existiam pessoas mais importantes ou presentes do que elas, mas eu estava errada (me lembrarei disso no futuro, juro que me lembrarei!)
Elas são meu porto seguro, elas são aquilo que me faz querer voltar pra casa, acordar animada nos Sábados de manhã. Não sei, mas elas acabaram preenchendo um espaço, que eu, errando, dei pra outras pessoas que não tinham noção do quão especial era aquele presente que ela estava ganhando e que acabou recusando. Ninguém conta pra essas pessoas que recusar presente é falta de educação né? Enfim, pulemos essa parte. 

Depois de semanas e quase um mês dentro de casa, sem poder sair, tendo que ficar sozinha e vendo o mundo inteiro sair pra fazer tudo aquilo que eu queria poder fazer e não podia, elas me proporcionaram a melhor noite do ano (está entre as 5 melhores, porque eu prometi que o Chile e as festas da faculdade tinham que entrar nas melhores noites de 2010.) Voltei pra casa pensando em como é bom você conversar com 7 pessoas que sentem coisas igual a você, que desabafam e você se vê em quase todas as situações. Ter ali, 7 pessoas por quem você brigaria, 7 pessoas por quem você choraria, 7 pessoas que fazem parte de suas fases e momentos antigos, dos presentes e que você vai lutar com todas as forças pra mantê-las integralmente no seu futuro. 

Bom.. elas são minhas lindas e ponto! =) 

Sobre outros assuntos..
acordei nervosa porque não gosto de ficar sonhando com coisas que eu não quero pensar nem quando eu estou acordada. Sempre fico me perguntando se o sonho é um expressão mais livre das nossas vontades. Espero que não sejam e se forem eu vou mudá-las o mais rápido que eu puder. 
Mas sei la.. eu estou realmente feliz com minhas atitudes. Quero deixar claro que as minhas atitudes não são a situação toda em si, mas em outros tempos e com tudo que eu estou passando (sem dramas) eu já teria feito tudo errado e estaria agora me culpando. Estou mais feliz e bem menos ansiosa!

é isso! 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Notícia do final do Ano.

Nossa.. fazia tempo que eu não chorava tanto como eu chorei hoje. Por um lado isso é bom, pelo menos eu sei que ando controlando mais o meu choro e as minhas mágoas, mas por outro é ruim porque eu achei que as coisas já tinham melhorado. 
Fui na médica hoje e o que eu temia aconteceu mesmo, meu baço esta enorme e para evitar isso eu preciso fazer repouso. Por quantos dias? Não sei. Que remédios tomar? Não existem remédios pra isso. Meu final de Ano? Vai ser no mínimo/máximo atípico. 
Eu fiz uma cena, chorei litros, briguei com o mundo, não quis falar com meus pais, queria dormir e só acordar no ano que vem, tentei conversar com Deus e nem isso eu conseguia. 
Nem o calmante que eu tomei resolveu. 
Eu fico, acho que injustamente, me culpando por algo que eu não sei se eu fiz e nem sei se é por isso que tudo isso está acontecendo. Não sei porque, eu fico achando que Deus está me castigando por algum motivo, por uma mentira que eu contei, por uma pessoa que eu destratei, por um namorado que eu não consegui esquecer, por uma reclamação que eu fiz, por uma resposta que eu dei aos meus pais. 
Mas não é possível que seja por isso. Tem gente que faz coisa MUITO pior por ai e nem por isso estão em pleno final do ano com uma doença que faz com que você fique ilhada dentro de casa sem poder ver as cores da cidade aberta a noite e muito menos os fogos que suas amigas vão ver quando 2011 entrar. 
Confesso mesmo que não estou positiva. 
Estou com medo de que algo ainda possa piorar, porque sempre pode piorar. 
Ao mesmo tempo estou tendo que passar por uma das fases mais difíceis da minha vida. Uma fase que já começou a um tempo ( tenho a impressão de que tudo começou com o bendito fim do meu namoro, a mil anos atrás ) e até agora eu não consegui ainda dizer que vivi ou que estou vivendo uma ótima fase. 
Pensei em dizer que eu não posso reclamar, mas acredito que eu possa. Tem gente que está pior? Tem, milhares de pessoas, mas pra mim, isso é ruim, péssimo e eu acredito que Deus saiba disso. 
Por diversas vezes me lembro de ter falado que eu não sabia o que era sofrimento, talvez eu ainda não saiba completamente, mas também não me sinto confortável pra dizer que nunca sofri ou fui um pouco mais triste do que eu era. 
Não sei como não tive recaídas com tudo. Acho que é a minha vontade desesperada de que isso TUDO mude. 
Me sinto melhor do que eu já me senti, pelo menos não estou com dores físicas. Mas meu interior tá super acabado. 
Vou rezar MUITO, ficar com meus pais, ler um bom livro, jogar joguinhos nem um pouco intelectuais na internet e torcer para que tudo isso passe logo e pra que eu possa rir disso tudo daqui a pouco tempo. 


Desabafei. 


Beijos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Voltar atrás:

Voltar atrás é uma das coisas mais difíceis que o ser humano pode fazer na vida. Uma porque ele se comprometeu com as burocracias do mundo. Pagou pra ir, pagou pela decisão, envolveu seus mundos financeiros, envolveu seu banco, envolveu seu salário ou pior, o salário de terceiros. 
Em segundo lugar, é difícil voltar atrás em uma decisão porque ele se comprometeu com as pessoas, se comprometeu com Deus, com os amigos, com os familiares. Criou uma expectativa nas pessoas, deixou todo mundo esperando o seu sucesso e volta com algo que pode não ser derrota, mas que vitória claramente também não é. 
E terceiro e mais importante de todos porque ele se comprometeu com ele mesmo. Como é difícil você se olhar no espelho e falar: Parabéns, você fez a escolha errada. O mundo foi e você ficou. Você falhou. Você não pode concluir o que começou. 
Você fica, por um tempo relativamente grande, pensando qual é a pior saída: pagar o preço da sua (in)felicidade para conseguir concluir aquela meta e pelo menos para os outros mostrar que foi tudo do jeito esperado, ou se a melhor solução seria jogar tudo pro alto e conseguir superar a dificuldade de assumir uma falha de decisão. 
Optei pela segunda. 

A outra parte especialmente delicada de voltar atrás é voltar para um lugar aonde você não quer que seja seu ponto final. Explico. Você volta atrás mas não quer continuar atrás. Você tem outros planos para o futuro, mas não sabe quais são. Você não se sente pronta. Você se sente mais imatura e com mais medo de tomar outra decisão do que quando você tomou no impulso. 
Meu Deus, como dá vontade de chorar, de voltar no tempo pra poder decidir diferente e ver como seria. 
Não é fácil mesmo. Mas dizem alguns escritores famosos que fortes e corajosos são aqueles que conseguem ser felizes e não seguir com todas as escolhas que fizeram. Talvez eu seja uma delas.
Ou dizem ainda esses mesmos escritores para que eu não me preocupe em saber tão imaturamente o que eu quero da/pra minha vida, segundo eles as pessoas mais impressionantes que eles conheceram, aos 30 anos de idade ainda tinham dúvidas sobre o que queria ser/fazer.
Isso não me conforta, não to super feliz de estar tomando essa (dês)decisão mas estou aliviada ao menos. É melhor não ser feliz do que ser infeliz.  


Li para meus pais e eles perguntaram quem tinha escrito. Incrível como eles não notam a semelhança com o que esta escrito e com tudo que eu sinto. rs 

Beijos